
-IPP (Initial Point of Planning) - Ponto Inicial de Planeamento.
Existe um ponto crucial a partir do qual se fazem os cálculos de planeamento para uma busca. Para que o planeamento esteja correcto temos de partir de informação válida pois, como já vimos com relação ao perfil, é da validade da 1ª premissa que depende a exactidão dos cálculos seguintes. Assim, o IPP deverá ter 2 características essenciais: certeza e actualidade. Devemos pois ter a CERTEZA de que a pessoa esteve em determinado ponto e este deve ser o ÚLTIMO ponto na linha de tempo dos acontecimentos onde temos essa certeza.
-LPK (Last Point Known)- Último ponto em que é certo que a pessoa esteve. Nem sempre é o mais actual mas é o ponto de maior certeza
-LPS (Last Point Seen)- Último ponto onde a pessoa foi avistada. É o mais actual mas a informação pode ser incorrecta e induzir em erro o coordenador da busca.
Para que seja mais perceptível a importância da escolha do IPP, decidimos utilizar o exemplo na imagem de planeamento acima.
Se atribuirmos o IPP ao LPK ou ao 1º LPS, o círculo de alta probabilidade não é muito diferente. Mas, atribuindo o IPP ao 1º LPS conseguimos estabelecer uma direcção de viagem, reduzindo assim a área de probabilidade. O círculo de probabilidade deveria ser arrastado em direcção ao ponto de interesse (antiga casa da vítima) à medida que a busca se fosse desenvolvendo e o resultado seria a localização da vítima. Se atribuirmos o IPP ao 2º LPS, ao arrastar o círculo em direcção à casa antiga, vai resultar em perder a vítima. Também o racional de toda a busca fica alterado pois, acreditando no 2º LPS, a vítima que estaria a deslocar-se para a casa antiga nunca poderia estar "para trás" do 2º LPS, uma vez que o seu perfil (Alzheimer) "não o permite".
Se atribuirmos o IPP ao LPK ou ao 1º LPS, o círculo de alta probabilidade não é muito diferente. Mas, atribuindo o IPP ao 1º LPS conseguimos estabelecer uma direcção de viagem, reduzindo assim a área de probabilidade. O círculo de probabilidade deveria ser arrastado em direcção ao ponto de interesse (antiga casa da vítima) à medida que a busca se fosse desenvolvendo e o resultado seria a localização da vítima. Se atribuirmos o IPP ao 2º LPS, ao arrastar o círculo em direcção à casa antiga, vai resultar em perder a vítima. Também o racional de toda a busca fica alterado pois, acreditando no 2º LPS, a vítima que estaria a deslocar-se para a casa antiga nunca poderia estar "para trás" do 2º LPS, uma vez que o seu perfil (Alzheimer) "não o permite".
Vemos assim como é vital a veracidade da informação quando há relatos de avistamento da vítima. Esta informação deve ser sempre recolhida por um elemento experiente da equipa de busca. Na BARC elaborámos uma folha de questionário, que também deixamos à disposição para que possa ser utilizada e melhorada por outras equipas. Seria também bom que o elemento que interroga os possíveis avistadores tivesse formação em posturas corporais e em micro-expressões, para assim poder avaliar com maior grau de certeza a veracidade da informação.
Abraço
BARC
Jorge